Nesta quarta-feira (12), o Ministério da Defesa Russo declarou que o grupo de mercenários Wagner está finalizando a entrega de armas para as Forças Armadas da Rússia. Há aproximadamente duas semanas, o grupo se rebelou e chegou a marchar em direção a Moscou.
Durante a rebelião que ocorreu de 23 a 24 de junho, os mercenários assumiram o controle da cidade russa de Rostov-on-Don e derrubaram um número não especificado de helicópteros militares, resultando na morte de seus pilotos, enquanto avançavam em direção à capital russa.
A rebelião foi encerrada após negociações entre o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, e o governo russo. Conforme os termos do acordo, os milicianos foram obrigados a entregar suas armas.
O ministério informou que o grupo Wagner entregou mais de 2.000 equipamentos de guerra, incluindo tanques e foguetes, além de mais de 2.500 toneladas de munição.
Os combatentes do Wagner, que estiveram envolvidos em alguns dos combates mais intensos na guerra da Ucrânia, foram oferecidos com a opção de se juntar a Prigozhin no exílio em Belarus, integrar as forças armadas regulares da Rússia ou retornar para suas casas.
Prigozhin afirmou que as ações de seus homens foram um protesto contra o que ele chamou de corrupção e incompetência da liderança militar russa no gerenciamento da guerra na Ucrânia.
A rebelião é considerada o maior desafio político ao presidente Vladimir Putin desde que ele assumiu a presidência da Rússia no último dia de 1999.