A estratégia adotada pela família e pela defesa de Mauro Cid na CPI envolve seu silêncio, pretendendo prosseguir com os esforços para obter um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). Pessoas próximas ao tenente-coronel acreditam que existem diversas investigações em andamento na Polícia Federal e no STF que o implicam, direta ou indiretamente, como ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Dado o ritmo diferenciado das investigações, uma vez que muitas delas ainda dependem de perícias e novas medidas judiciais, a família e Mauro Cid temem ter que permanecer detidos por um longo período, respondendo a todas as acusações.
Ao optar pelo silêncio diante da CPI, espera-se que ele evite comprometer-se ainda mais. Além disso, a utilização do uniforme militar tem como objetivo conquistar a simpatia da opinião pública, transmitindo uma imagem de credibilidade e seriedade, conforme entendimento de pessoas próximas ao tenente-coronel. O pai de Mauro Cid, que é um general respeitado no meio, também teria defendido o uso do uniforme durante a CPI.
Quando as conversas do celular apreendido de Cid vazaram, revelando tramas relacionadas a um possível golpe de estado para impedir a posse do presidente Lula, a defesa teve um revés significativo, uma vez que estava negociando sua soltura com o STF. No entanto, essas tentativas não tiveram sucesso.
Recentemente, a própria defesa solicitou à Polícia Federal (PF) um novo depoimento, na tentativa de demonstrar que Cid nunca agiu de má fé. No entanto, até o momento, não houve progresso nesse sentido. É fato que Mauro Cid, sua esposa, seu pai e sua defesa aguardam ansiosamente pela oportunidade de ele responder às acusações em liberdade. É por essa causa que estão lutando no momento.
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