O ministro da Economia, Fernando Haddad, defendeu nesta segunda-feira (10) seu apoio ao Plano de Transição Ecológica como uma oportunidade única para o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante uma reunião que durou mais de duas horas na sexta-feira (8), o ministro apresentou o plano ao presidente.
“É uma coisa mais abrangente do que um programa”, afirmou Haddad ao Podcast O Assunto.
De acordo com Haddad, ao longo de seis meses, o Ministério da Fazenda realizou um levantamento minucioso de um “conjunto de oportunidades [no campo ambiental] visando impulsionar essa transição e criar empregos de alta qualidade.”
“Isso vale para infraestrutura, atração de energia limpa, investimentos estrangeiros que querem produzir produtos verdes”, afirmou. As ações também envolverão “combate ao desmatamento, [energias] solar e eólica, hidrogênio verde, combustíveis, marco regulatório da mineração”. Outros pontos serão “crédito de carbono, passando pela reforma tributária que tem imposto seletivo até a exploração de terras raras, lítio e coisas que estão na fronteira do que vai ser produzido”.
Segundo Haddad, o plano contempla mais de 100 iniciativas ao longo de quatro anos. Essas ações abrangem desde propostas legislativas, como a regulação do mercado de carbono, que será submetida ao Congresso em agosto, até a criação de um arcabouço jurídico que simplifica os “investimentos verdes”, eliminando burocracias desnecessárias.
As medidas serão avaliadas por Lula, uma por uma, e a “maior parte dos investimentos virá do setor privado”. Com essa abordagem, o governo federal almeja estabelecer uma infraestrutura jurídica e um ambiente de negócios favoráveis aos investimentos sustentáveis. Além disso, o governo federal planeja realizar um “roadshow” destinado a empresas interessadas em obter o selo de “net zero”.
De acordo com Haddad, o Plano de Transição Ecológica, junto com a reforma tributária e o marco fiscal, serão o símbolo de um “novo Brasil”. O ministro afirmou que o presidente recebeu a ideia de forma muito positiva, destacando que estava sendo apresentado precisamente a um “novo Brasil”.
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