Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, revelou que a OTAN concordou em permitir que o país contorne o processo formal detalhado em seu pedido de adesão à aliança.
‘Após intensas negociações, os aliados da Otan chegaram a um consenso sobre a remoção do MAP [Plano de Ação para Adesão] do caminho da Ucrânia para a adesão’, afirmou Kuleba em um tweet nesta segunda-feira (10).
O Plano de Ação para Adesão (MAP) é um programa da OTAN que oferece assistência e apoio prático aos países interessados em se juntar à aliança liderada pelos Estados Unidos.
‘Saúdo esta decisão há muito esperada que encurta nosso caminho para a Otan. É também o melhor momento para oferecer clareza sobre o convite à Ucrânia para se tornar membro’ acrescentou Kuleba.
A participação no MAP não compromete qualquer decisão futura da aliança em relação à adesão, porém, pode ser um processo demorado.
Bombas de Fragmentação
Os Estados Unidos planejam enviar um pacote de munições de fragmentação à Ucrânia para auxiliar em sua contraofensiva contra a Rússia.
A Casa Branca afirmou que há meses, a Ucrânia tem solicitado armamentos devido à falta de munição e que, ainda assim, o governo norte-americano tem adiado a decisão o máximo possível devido ao risco de danos a civis causados por esse tipo de munição não detonada.
As munições de fragmentação, que são proibidas por mais de 100 países, são uma categoria de armas que contêm múltiplos projéteis explosivos chamados submunições. Esse tipo de munição é controverso devido à sua taxa de falha, já que os subprojéteis não detonados podem permanecer no solo por anos e explodir posteriormente.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou em uma entrevista à CNN que foi uma decisão muito difícil e muito discutida entre os aliados e colegas do Congresso, mas que acabou sendo tomada porque “os ucranianos estão ficando sem munição”.
De acordo com a BBC, Biden poderá enfrentar questionamentos sobre o assunto de seus aliados durante uma cúpula da OTAN na Lituânia nesta semana.