Flávio Dino, ministro da Justiça, compartilhou com aliados próximos que, embora considere uma indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF) algo honroso, não tem interesse em ocupar uma vaga no tribunal neste momento.
Uma possível indicação de Dino poderia ocorrer em outubro, quando está prevista a aposentadoria da ministra Rosa Weber e a abertura de uma vaga no STF.
Dino está determinado a concorrer no cenário pós-Lula, daqui a três ou sete anos, independentemente de o presidente decidir concorrer à reeleição ou não. Dino é um dos nomes que Lula também considera como uma opção para sucedê-lo, como candidato à Presidência, e, segundo aliados do ex-presidente, seria difícil recusar um eventual pedido de Dino para ir ao STF.
Apesar de manifestar a falta de interesse no momento, Dino afirmou aos mesmos aliados que gosta de ser político e não se arrepende da escolha que fez no passado, ao deixar a magistratura para ingressar na política. Embora não descarte a possibilidade de ir para o STF no futuro, ele considera que não faz sentido buscar essa movimentação neste momento.
A decisão de Dino deve frustrar parte do PT, que estava entusiasmada com a possibilidade de sua indicação e, assim, ter uma peça a menos na disputa pela sucessão de Lula. Nas últimas semanas, a redução de suas entrevistas e aparições na mídia levou colegas na Esplanada a entender que isso era um movimento calculado em direção ao STF. No entanto, o círculo próximo de Dino nega essa intenção e qualquer estratégia nesse sentido.
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