A aprovação recente dos Estados Unidos de fornecer bombas de fragmentação (cluster 9) altamente controversas à Ucrânia, pela primeira vez, para ajudar em sua contraofensiva, tem sido amplamente condenada, inclusive pelo chefe da ONU e por aliados ocidentais dos EUA na OTAN.
Analistas chineses criticaram fortemente a decisão dos EUA de enviar armas à Ucrânia, que têm um histórico notório de causar mortes de civis, além de ressaltar que as munições não detonadas deixadas após um ataque podem representar riscos de segurança persistentes, funcionando como minas terrestres.
De acordo com os analistas, essa ajuda letal não ajudaria Kiev, mas aumentaria as tensões, provocaria a Rússia e elevaria o risco de conflito nuclear.
O Ministro da Defesa da Ucrânia acolheu a decisão dos EUA, garantindo que as munições não seriam usadas contra a Rússia. No entanto, outros países, como Reino Unido, Espanha e Alemanha, se opõem ao envio dessas armas à Ucrânia, ressaltando compromissos com acordos internacionais.
O Secretário-Geral da ONU manifestou seu desacordo com o uso contínuo de munições cluster, apoiando a Convenção sobre Munições Cluster e incentivando os países a cumprirem seus termos.
No Congresso dos EUA, importantes legisladores democratas estão se afastando de Biden devido a essa decisão controversa, argumentando que fornecer armas proibidas por mais de 120 países vai contra os princípios morais e colocará civis em risco.
Essa posição dos EUA é considerada contraditória, já que eles acusaram a Rússia de usar munições cluster como crimes de guerra no início do conflito.
Essa aprovação tem gerado discussões sobre o duplo padrão dos EUA em relação às munições cluster, conforme apontado por especialistas militares e comentaristas.