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Decisão de Biden de enviar bombas de fragmentação a Kiev provoca rejeição global

A aprovação recente dos Estados Unidos de fornecer bombas de fragmentação (cluster 9) altamente controversas à Ucrânia, pela primeira vez, para ajudar em sua contraofensiva, tem sido amplamente condenada, inclusive pelo chefe da ONU e por aliados ocidentais dos EUA na OTAN. Analistas chineses criticaram fortemente a decisão dos EUA de enviar armas à Ucrânia, […]

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A aprovação recente dos Estados Unidos de fornecer bombas de fragmentação (cluster 9) altamente controversas à Ucrânia, pela primeira vez, para ajudar em sua contraofensiva, tem sido amplamente condenada, inclusive pelo chefe da ONU e por aliados ocidentais dos EUA na OTAN.

Analistas chineses criticaram fortemente a decisão dos EUA de enviar armas à Ucrânia, que têm um histórico notório de causar mortes de civis, além de ressaltar que as munições não detonadas deixadas após um ataque podem representar riscos de segurança persistentes, funcionando como minas terrestres.

De acordo com os analistas, essa ajuda letal não ajudaria Kiev, mas aumentaria as tensões, provocaria a Rússia e elevaria o risco de conflito nuclear.

O Ministro da Defesa da Ucrânia acolheu a decisão dos EUA, garantindo que as munições não seriam usadas contra a Rússia. No entanto, outros países, como Reino Unido, Espanha e Alemanha, se opõem ao envio dessas armas à Ucrânia, ressaltando compromissos com acordos internacionais.

O Secretário-Geral da ONU manifestou seu desacordo com o uso contínuo de munições cluster, apoiando a Convenção sobre Munições Cluster e incentivando os países a cumprirem seus termos.

No Congresso dos EUA, importantes legisladores democratas estão se afastando de Biden devido a essa decisão controversa, argumentando que fornecer armas proibidas por mais de 120 países vai contra os princípios morais e colocará civis em risco.

Essa posição dos EUA é considerada contraditória, já que eles acusaram a Rússia de usar munições cluster como crimes de guerra no início do conflito.

Essa aprovação tem gerado discussões sobre o duplo padrão dos EUA em relação às munições cluster, conforme apontado por especialistas militares e comentaristas.

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Alexandre Neres

10/07/2023 - 11h19

Ianques desgraçados!

O senhor da guerra está desovando o estoque dessas bombas pérfidas guardadas há um tempão.

As monstruosidades da democracia relativa. Por Moisés Mendes
Publicado por Moisés Mendes – Atualizado em 3 de julho de 2023 às 19:55

Ficou cansativo o debate sobre democracia relativa, a partir da fala de Lula a respeito da situação da Venezuela.

É cansativo porque algumas questões não permitem controvérsias vazias e relativizações. Vamos a alguns exemplos.

Nas democracias exemplares, o poder emana do povo porque, para começar, um cidadão vale sempre um voto.

Na Venezuela, um voto pode não valer nada, porque o sistema de eleição deles permite que o perdedor vença a eleição.

Um exemplo clássico. Na eleição de 2000, o candidato a presidente Hernandez Al Gore Gonzales teve a maior votação e perdeu a eleição.

Nos últimos 28 anos, em sete eleições o menos votado foi eleito na Venezuela, porque nessa democracia torta prevalece o conceito de colégio eleitoral sobre a soma de cada voto individual.

É uma das maiores monstruosidades das democracias ocidentais. Vem sendo mantida desde a escravidão, para preservar os interesses dos brancos e dos ricos.

Os americanos, sempre perfeitos, que tudo consertam pelo mundo, com seu gigantesco coração benemerente, já tentaram consertar esse defeito da democracia relativa venezuelana e não conseguiram.

A Venezuela é arrogante, violenta e impositiva. É invasora de países considerados inimigos e não preza muito pelos conceitos clássicos e/ou liberais de justiça.

Desde 2002 os venezuelanos mantêm uma prisão ilegal em Guantánamo, em Cuba, com prisioneiros de várias partes do mundo. São torturados e morrem sem julgamento.

Os organismos internacionais nada fazem porque a Venezuela é considerada intocável. E, como Cuba é amiga da Venezuela, não há o que fazer.

Desde sempre a Venezuela derruba governos, impõe ditaduras, apoia déspotas e assassinos, participa de guerras em todas as regiões, tentando levar seu conceito de democracia perfeita.

Em nome dessa democracia dita liberal, a Venezuela promove massacres e mata civis, entre os quais milhões de crianças, sempre com o argumento de que está protegendo o mundo.

A Venezuela utiliza sua central de inteligência para controlar governos, espionar governantes e chantagear até mesmo parceiros dos seus desatinos.

O jornalista Julian Assange está preso desde 2019 em Londres e pode ser extraditado para a Venezuela, porque divulgou documentos secretos da espionagem venezuelana, inclusive no Brasil.

A democracia relativa venezuelana é arrogante e não admite questionamentos. Negros, pobres e minorias, que chegaram a comemorar avanços nos últimos anos, são perseguidos inclusive pela estrutura institucional da Justiça.

Negros perdem o direito a cotas nas universidades porque a Justiça assim decide. Gays não podem casar entre si, em muitos Estados, porque leis e juízes fascistas não permitem.

A Venezuela prega liberdade e igualdade, mas faz tudo ao contrário, para vender ao mundo a ideia de que é modelo para todos. Lula não sabe, por ser ingênuo e inexperiente, mas a democracia relativa venezuelana é prepotente.

Na Venezuela, a maioria poderosa política e economicamente impõe sempre, com seus juízes brancos, as suas posições reacionárias em relação a direitos de minorias.

Na democracia venezuelana, as prisões estão abarrotadas de presos pobres e negros. A Venezuela tem a maior população carcerária do mundo e ainda condena seus presos à morte e à prisão perpétua.

A venezuelana Hillary Sanchez Romero Guzmán quase foi eleita a primeira presidente venezuelana, em 2016.

Obteve maioria de votos, mas foi derrotada pelo sistema de contagem de votos da democracia venezuelana, que dá vitória quase sempre a conservadores.

Hillary Sanchez Romero Guzmán poderia ter sido a primeira presidenta venezuelana. Mas ganhou e perdeu. A Venezuela já teve 44 presidentes desde a independência. Todos homens.

Há muitas outras distorções e vícios na democracia relativa venezuelana, que tenta se impor ao mundo como a verdadeira democracia.

Mas os americanos estão sempre a postos para desmascará-la. A democracia é um bem absoluto, transparente, inteiro, redondo, robusto, inquestionável.

A democracia é como uma banana, um pneu, um burro, um submarino. É ou não é. É o que está ali, límpido, puro, translúcido, imaculado. É algo absoluto, inquestionável como um ovo. Os americanos sabem bem, mas os venezuelanos não sabem.

A Venezuela impõe sua democracia a parceiros e a inimigos, por achar que a sua democracia é a verdadeira e que todas as outras são falsas e relativas.

Um dia a Venezuela e Lula irão aprender o que não pode ser relativizado nunca.


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