O ministro da Economia, Fernando Haddad, afirmou que o Banco Central (BC) “vai ter que fazer sua parte” para melhorar a condição financeira do país.
“Obviamente o Banco Central também vai ter de fazer sua parte, porque a política monetária não pode estar em colisão com a fiscal”, disse Haddad em entrevista para o podcast O Assunto. “Eu dependo da atividade econômica para arrecadar.”
De acordo com o ministro, o governo federal não tem a intenção de elevar a arrecadação por meio do aumento de impostos.
“Nosso objetivo não é aumentar imposto, é melhorar a economia, pois o crescimento econômico é que tem que gerar maior arrecadação e não criação de tributo, aumento de alíquota.”
Haddad declarou que, nesse contexto, a equipe econômica está buscando “conciliar” os Poderes. “Estamos conseguindo sensibilizar o Congresso, o Judiciário e, agora quem sabe a partir de agosto, o Banco Central, para buscar resultados que a população tanto precisa.”
A crítica do governo é ao patamar da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75% ao ano.
Haddad mencionou que não tem o hábito de direcionar suas críticas a indivíduos específicos, pois possui responsabilidades institucionais a cumprir. Ele enfatizou que mantém uma excelente relação com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e não tem qualquer problema pessoal.
Alexandre Neres
10/07/2023 - 14h45
Tá ficando feio para a autoridade monetária autônoma.
Além de descumpridora-mor de todas as metas da inflação desde que foi aprovada sua autonomia, parece que está sabotando o governo democraticamente eleito por causa de suas notórias preferências ideológicas.
Tudo indica que os pretensos especialistas não entendem nada do país, ficando presos ao seu mundinho fetichizado de modelinhos e de indicadores, o qual nunca se traduz no mundo real. Erram em todas as suas previsões e enchem os bolsos dos rentistas.
Se tivesse bom senso, voltaria para cuidar da tesouraria do Santander. Para lá, sim, tem a qualificação necessária.