De acordo com O GLOBO, após ser destituído de seu cargo como deputado federal no último mês pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Deltan Dallagnol (Podemos-PR) está empenhado em planejar suas próximas estratégias políticas. Uma delas envolve a intenção de lançar sua esposa, Fernanda Dallagnol, como candidata à posição de prefeita de Curitiba no próximo ano.
Como administradora de profissão e sem experiência prévia em disputas eleitorais, ela provavelmente assumirá os projetos políticos de seu marido, que tinha a ambição de ocupar o Palácio 29 de Março.
Alguns apoiadores estão defendendo que Dallagnol tente concorrer à prefeitura, argumentando que ele não estaria inelegível e que a restrição se aplicava apenas ao pleito de 2022.
De acordo com especialistas em Direito Eleitoral consultados pelo jornal, no entanto, há discordância em relação a essa teoria: a inelegibilidade de Deltan foi estabelecida no momento do seu registro como candidato – ou seja, a partir de sua exoneração do Ministério Público em 2021. Portanto, ele só poderia se candidatar novamente em 2029.
Diante da restrição legal, Fernanda está sendo abordada por líderes políticos regionais para fazer parte de uma possível chapa. Essa eventual candidatura poderá trazer o primeiro desafio entre os ex-membros da Operação Lava-Jato que ingressaram na política. O partido União Brasil, liderado pelo ex-juiz e atual senador Sergio Moro (PR), está considerando outros nomes para a corrida eleitoral em Curitiba e espera contar com o apoio do parlamentar.