O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos e atual governador da Flórida, Ron DeSantis, disse que tomaria medidas para revogar o status permanente de relações comerciais da China se vencesse a corrida para a Casa Branca em 2024.
“Sou a favor de fazer isso. Acho que provavelmente precisaríamos do Congresso, mas eu tomaria medidas através do executivo conforme fosse apropriado para poder nos mover nessa direção”, disse DeSantis em entrevista à Fox News neste domingo (9).
O Senado dos EUA votou em 2000 para conceder esse status à China enquanto se preparava para ingressar na Organização Mundial do Comércio. Qualquer passo para removê-lo também precisaria de aprovação do Congresso.
As relações EUA-China estão tensas há anos devido a questões de segurança nacional. Questões como Taiwan, proibições de exportação de tecnologias avançadas dos EUA, políticas industriais lideradas pelo estado da China, questões de direitos humanos, as origens da pandemia de COVID-19 e tarifas comerciais têm dificultado a relação entre os dois países.
Washington tem tentado reparar os laços entre as duas maiores economias do mundo. A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse no fim de semana, segundo a Reuters, que suas reuniões com autoridades chinesas de alto escalão nos últimos dias foram “diretas” e “produtivas”, ajudando a estabilizar o relacionamento muitas vezes difícil das superpotências quando sua viagem de quatro dias a Pequim terminou.
DeSantis, no entanto, não aprova esse relacionamento mais próximo do governo Biden com o governo Chinês. Para o governador da Flórida “a China só entende demonstrações de força” e os EUA devem “se mostrar fortes”. Ele ainda diz que Biden demonstra “fraqueza”, o que estaria permitindo o crescimento exponencial da potência asiática durante seu mandato. DeSantis afirmou categoricamente na entrevista que a China é a “ameaça geopolítica nº 1” que os EUA enfrentam.
O ex-presidente Donald Trump, que lidera o campo republicano atualmente nas pesquisas, com DeSantis em um distante segundo lugar, disse que daria à China um prazo de 48 horas para sair do que fontes familiarizadas com o assunto dizem ser uma instalação de espionagem chinesa na ilha de Cuba a 145 km da costa dos Estados Unidos.
Confira a íntegra da entrevista de Ron DeSantis para a Fox News