150 mil pessoas responderam à pesquisa do Ministério da Educação sobre a avaliação e reestruturação do Novo Ensino Médio, indica o ministro da Educação, Camilo Santana, nesta sexta-feira (7).
O processo de consulta pública foi concluído na noite de quinta (6) e estava no ar desde março deste ano. Audiências públicas, oficinas de trabalho, seminários e pesquisas nacionais com estudantes, professores e gestores escolares fizeram parte da avaliação da proposta de reestruturação da Polícia Nacional de Ensino Médio.
“Ao longo de 120 dias, ouvimos acadêmicos, técnicos, gestores de redes educacionais, gestores escolares, professores e alunos”, informou Santana. “A pesquisa online, realizada por meio de um canal de Whatsapp, obteve aproximadamente 150 mil respostas. Participaram mais de 100 mil alunos, cerca de 30 mil professores, quase 6 mil gestores escolares, entre outros”
O ministro do MEC agradeceu às entidades e pessoas que colaboraram para a “construção coletiva deste diálogo, encaminhando propostas estruturadas e sugestões para a avaliação” das alterações nos modos de ensino.
A política de ensino médio foi aprovada durante o governo do ex-presidente Michel Temer, em 2017. O intuito era tornar essa etapa escolar mais atrativa, para evitar que os alunos abandonem os estudos.
Segundo a lei, a implementação das medidas devem ser feitas gradativamente até 2024 em todas as três séries. Já em 2022 o programa teve início com o 1º ano do ensino médio, com a ampliação da carga horária, agora com, pelo menos, cinco horas diárias. Para atender o novo modelo, as escolas devem adotar sete horas diárias de aulas.
Parte dos conteúdos e aulas serão comuns a todos os estudantes do país, pois seguem o direcionamento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na outra parcela da formação, os estudantes poderão escolher um itinerário específico de acordo com cada escola para aprofundar o aprendizado – por exemplo, nas áreas de linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino técnico.
Neste ano, o 1º e 2º ano do ensino médio deveria continuar com a implementação das mudanças, além de começar a adorar os itinerários. O cronograma, no entanto, foi suspenso pelo governo federal, para que a sistematização das propostas da consulta pública e eventuais ajustes sejam levados em consideração. A revogação do novo Ensino Médio tem sido uma reivindicação das entidades do setor e de muitos especialistas. O governo federal não cogitou cancelar a medida, mas fazer ajustes com base nos resultados da pesquisa.