Artistas, lideranças políticas e representantes de movimentos populares participarão de ato do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) neste sábado (8), na capital de São Paulo, para manifestar a favor das deputadas de esquerda perseguidas no Congresso.
O evento “Lutar não é crime” foi uma iniciativa da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o MST. A parlamentar defende o movimento frente a onda bolsonarista de oposição e, por esse motivo, seu mandato está sob ameaça de cassação.
De acordo com o site oficial da organização, além da deputada, outras cinco políticas estão sendo perseguidas na Câmara dos Deputados. São elas Célia Xakriabá (PSOL-MG), Érika Kokay (PT-DF), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Juliana Cardoso (PT-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ).
O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), acatou o requerimento do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, contra as seis deputadas. No entanto, o presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto, retirou o pedido coletivo, pois o regimento da Câmara define que as ações no Conselho de Ética devem ser individuais. Agora, as parlamentares têm uma ação protocolada contra cada uma.
Para as políticas, “não há precedentes na história do Parlamento brasileiro para um fato misógino” como os protocolos instaurados por Lira e por Costa Neto.
O ato deste sábado acontece com o intuito de angariar apoio e reconhecimento da luta das seis deputadas pelos direitos humanos defendidos na Casa.
“[Vamos] realizar um grande ato de solidariedade às nossas deputadas, que estão em uma briga ferrenha no Congresso Nacional em defesa dos trabalhadores. E, claro, vamos aproveitar para fazer um ato político, um almoço e uma confraternização” declarou o coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, em um vídeo publicado nas redes sociais.
Além de parlamentares, ativistas, artistas e influenciadores no evento, outras figuras importantes para a luta dos movimentos sociais também estarão presentes. O padre Júlio Lancellotti, a ativista indígena Txai Suruí e o jornalista José Trajano confirmaram a participação no almoço, feira de alimentos e arrecadação de agasalhos em prol da defesa das deputadas.
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