Ex-agente da CIA defende que órgão seja dissolvido, assista à entrevista

O ex-espião da CIA, John Kiriakou, concedeu uma entrevista exclusiva, com Pedro Zambarda, ao Diário do Centro do Mundo e defendeu a dissolução da agência de inteligência americana. Para Kiriakou, é necessário que os países desenvolvam instituições que não utilizem os métodos questionáveis da CIA. Ele destaca as diferenças entre os presidentes George W. Bush e Barack Obama.

Kiriakou afirma que, embora muitas pessoas gostassem de Bush como pessoa e presidente, a verdade é que Dick Cheney era quem realmente governava. Já Obama, segundo o ex-espião, traiu o país ao processar oito denunciantes da Segurança Nacional e colocar todos na prisão, o que é três vezes mais do que todos os presidentes anteriores juntos. Além disso, ele critica a política externa de Biden, afirmando que o presidente não reabriu as relações com Cuba, algo que Obama fez.

O ex-espião também revela que durante o governo de Bush, havia uma resistência no Departamento de Estado em estabelecer diálogo com os inimigos, algo que deveria ser parte do trabalho dos diplomatas. Ele ressalta que a guerra no Afeganistão e no Iraque foi iniciada por Bush, mas que o país continuou envolvido em conflitos durante a presidência de Obama, sem notar diferença significativa.

Na entrevista, Kiriakou discute a possibilidade de a CIA estar ajudando o chefe mercenário russo, Yevgeniy Prigozhin, em um planejamento de ação armada contra o sistema de defesa russo. Ele aponta que, historicamente, a CIA já alertou o governo russo sobre ameaças, mas desta vez não houve aviso prévio. Portanto, o ex-espião considera possível que a CIA tenha ajudado Prigozhin ou tenha decidido ficar de fora, visando enfraquecer Putin. Ele reforça que Prigozhin exagerou em suas ameaças e que, se tivesse continuado em Moscou, teria havido um banho de sangue.

O depoimento de John Kiriakou traz à tona questões importantes sobre a atuação da CIA e a necessidade de repensar a forma como os países lidam com a inteligência e os conflitos internacionais. A dissolução da agência e o fortalecimento de instituições mais dialogadoras poderiam contribuir para um mundo mais pacífico e cooperativo.

Assista à entrevista completa:

Matheus Winck:
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