O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, neste sábado (8), para participar do encerramento da Reunião Técnico-Científica da Amazônia.
Lula afirmou durante o encontro que os oito países com territórios cobertos pela floresta amazônica podem assumir o compromisso de zerar o desmatamento na região até 2030, a exemplo da meta estabelecida pelo Brasil.
Esta foi a primeira viagem de Lula à Colômbia neste terceiro mandato. O presidente brasileiro foi convidado pelo colombiano para participar do evento – que serviu como prévia para a Cúpula da Amazônia, que ocorrerá em agosto, em Belém, e reunirá presidentes dos países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA): Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
No encontro com Petro, eles discutiram sobre as medidas de preservação e desenvolvimento da Amazônia.
Em seu discurso na Colômbia, o presidente brasileiro voltou a dizer que os países desenvolvidos são os que emitiram historicamente a maior parte dos gases de efeito estufa e cobrou novamente recursos para financiar ações de combate ao desmatamento. Ele lembrou sobre a promessa feita em Copenhague em 2019, de subsidiar 100 milhões de dólares por ano para ação climática. Lula também pediu apoio dos outros países amazônicos.
“Meu governo está comprometido a zerar o desmatamento até 2030. Esse é um compromisso que os países amazônicos podem assumir juntos na cúpula de Belém”, disse o presidente brasileiro.
Observatório regional
Lula citou a proposta de estabelecer um “observatório regional da Amazônia”, que fornecerá dados acerca da região para orientar políticas públicas nos oito países com partes da floresta. O presidente ainda citou o intuito de instaurar um sistema de controle de tráfego aéreo integrado para contribuir com o combate de crimes na região, como o garimpo ilegal e a grilagem.
“Na ausência do Estado, o narcotráfico se espalha e se torna vetor de crimes ambientais”, concluiu Lula.
O presidente defendeu também a importância da valorização de prefeitos, governadores e parlamentares na elaboração e execução de políticas públicas.
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