Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, disse em entrevista à CNN que enviar bombas de fragmentação (munições cluster) à Ucrânia “foi uma decisão difícil”, mas que ele teve que ceder, pois Kiev precisa das munições para se defender. “Foi uma decisão muito difícil da minha parte. […]Os ucranianos estão ficando sem munição”, disse Biden.
O presidente norte-americano afirmou que as munições de fragmentação estão sendo enviadas a Kiev como um “período de transição”, até que a produção de projeteis 155 mm dos EUA aumentem.
“Esta é uma guerra relacionada a munições. E eles estão ficando sem munição, e estamos com pouca munição[…] E então, o que finalmente fiz, aceitei a recomendação do Departamento de Defesa para – não permanentemente – mas para permitir esse período de transição, enquanto obtemos mais 155 armas, esses projéteis, para os ucranianos.”, afirmou.
Mais de 100 países, como Reino Unido, França e Alemanha, já proibiram o uso de munições com a Convenção sobre Munições Cluster. Porém, os EUA e a Ucrânia não são signatários desse acordo. “Não somos signatários desse acordo, mas demorei um pouco para me convencer a fazê-lo.”, revelou o presidente.
Neste domingo (9), Biden irá para Europa participar de uma cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O principal tema que deve ser discutido na viagem é o ingresso da Ucrânia na aliança militar.
“Não acho que haja unanimidade na OTAN sobre trazer ou não a Ucrânia para a família da OTAN agora, neste momento, no meio de uma guerra[..] estamos determinados a comprometer cada centímetro do território que é território da OTAN. É um compromisso que todos nós assumimos, não importa o quê. Se a guerra está acontecendo, então estamos todos em guerra. Estamos em guerra com a Rússia, se for esse o caso.”, explicou Biden.