Deputados do União Brasil votaram, nesta quinta-feira (6), a favor do texto-base da reforma tributária, mesmo após terem defendido o adiamento da votação. O requerimento que solicitava o adiamento foi rejeitado pela Câmara, contrariando a posição anteriormente divulgada pela bancada do partido. Essa decisão ocorreu após o governo manter Daniela Carneiro como ministra do Turismo até a escolha de um substituto.
Durante a votação do requerimento de adiamento, 41 deputados do União Brasil votaram contra, em contraste com a nota divulgada pelo partido. Por outro lado, apenas 15 deputados foram a favor do adiamento.
No PL, partido liderado por Bolsonaro, a grande maioria dos deputados defendeu o adiamento da votação. Um total de 79 deputados votou a favor do adiamento, enquanto apenas 14 foram contrários.
Enquanto isso, o PT teve 67 deputados votaram contra o adiamento, sem nenhum voto a favor do requerimento. Ao todo, o adiamento da votação foi rejeitado com uma diferença significativa de votos: 357 a favor da continuidade da análise e 133 a favor do adiamento.
Em relação à proposta da reforma tributária, ela busca unificar cinco tributos: IPI, PIS, Cofins (federais), ICMS (estadual) e ISS (municipal). A versão atualizada também inclui a ideia de zerar o imposto sobre a cesta básica e criar um novo imposto conhecido como “imposto do pecado”.
Os tributos existentes seriam substituídos por dois impostos sobre valor agregado, chamados de IVAs. Um deles seria administrado pela União, enquanto o outro teria gestão compartilhada entre estados e municípios.
Segundo Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais, o presidente Lula agendará uma reunião com os líderes do União Brasil para oficializar a indicação de Celso Sabino como possível substituto de Daniela Carneiro no Ministério do Turismo.
Carneiro ofereceu seu cargo após uma reunião com Lula nesta quinta. Após o encontro, o Palácio do Planalto divulgou que a ministra permanecerá no cargo até que o substituto seja anunciado.