Em reunião em Brasília, o Coletivo de Mulheres Petroleiras da Federação Única dos Petroleiros (FUP) defendeu junto ao governo a implementação e acompanhamento de políticas públicas que promovam a igualdade de gênero nos locais de trabalho, garantindo a proteção contra violências, assédios e discriminações, além da inserção das mulheres nos espaços de poder.
A questão foi discutida em encontro com a secretária-executiva do Ministério das Mulheres, Maria Helena Guarezi, e a secretária nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, Rosane da Silva. Um dos objetivos do Coletivo de Petroleiras da FUP é o combate a assédios sexual e moral na Petrobrás, com ações do governo de enfrentamento à violência contra as mulheres.
Estiveram presentes na reunião a coordenadora do Coletivo , Patrícia Jesus Silva, a diretora da FUP e do Sindipetro-BA, Elizabete Sacramento, a diretora do Sindipetro-NF, Bárbara Bezerra, e a diretora do Sindipetro-RS, Nalva Faleiro.
Também foram analisadas ações que o governo apresentou no dia 8/3, com uma série de decretos de políticas públicas voltadas às mulheres. Na ocasião, foram lançadas 29 medidas: 7 destinadas ao enfrentamento à violência e ao combate às discriminações; 6 voltadas para o mundo do trabalho; e as demais relacionadas à saúde integral da mulher, à autonomia econômica, à participação popular, à cultura, à educação, ao esporte e à ciência e tecnologia.
Violências psicológicas e sexuais cresceram nos últimos anos na Petrobrás, levando centenas de trabalhadores ao adoecimento. Segundo levantamento da Federação Única dos Petroleiros (FUP), só em 2022 foram 915 denúncias, sendo 64 sobre violência sexual (importunação, assédio ou estupro). Em 2016, foram 445 denúncias de violência no local de trabalho, sendo 9 sobre violência sexual.
Nesta semana, o presidente Lula sancionou a Lei da Igualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios entre mulheres e homens, reivindicação histórica das mulheres.