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Operação da PF investiga financiadores suspeitos de atentado

Uma investigação da Polícia Federal está em curso para identificar os possíveis responsáveis pelo financiamento dos invasores do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, durante os eventos ocorridos em dezembro de 2022. A ação também busca conexões com os indivíduos envolvidos na tentativa de atentado com explosivos nas proximidades do mesmo aeroporto, no ano passado. […]

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Uma investigação da Polícia Federal está em curso para identificar os possíveis responsáveis pelo financiamento dos invasores do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, durante os eventos ocorridos em dezembro de 2022. A ação também busca conexões com os indivíduos envolvidos na tentativa de atentado com explosivos nas proximidades do mesmo aeroporto, no ano passado.

Os atos realizados nos dias 2 e 8 de dezembro, nos quais várias pessoas invadiram áreas restritas e adjacências do aeroporto, resultando em graves consequências para a segurança aérea e os serviços aeroportuários, estão sendo investigados pela PF.

A operação inclui a execução de seis mandados de busca e apreensão nos estados do Pará, Mato Grosso e no Distrito Federal. Os suspeitos estão sendo investigados por crimes como atentado contra a segurança do transporte aéreo, atentado contra a segurança de serviços públicos e associação criminosa, todos previstos no Código Penal.

Em maio, o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília, condenou três dos envolvidos no atentado com explosivos. Segundo a decisão, George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues receberam sentenças de nove anos e quatro meses, e cinco anos e quatro meses de prisão, respectivamente, com regime inicial fechado. Ambos estão atualmente detidos em caráter preventivo. Quanto a Wellington Macedo de Souza, que se encontra foragido, seu processo foi separado.

O magistrado afirmou que Wellington, George e Alan colocaram em risco a vida, a integridade física e o patrimônio das pessoas ao utilizarem explosivos em um caminhão-tanque carregado de combustível. Tovani ressaltou que as investigações da Polícia Civil de Brasília revelaram que os três indivíduos se encontraram durante manifestações contrárias ao resultado das eleições presidenciais, em frente ao Quartel-General do Exército, onde decidiram se unir para cometer os delitos.

“O objetivo dos acusados era realizar crimes que provocassem comoção social, visando a uma intervenção militar e à declaração de Estado de Sítio”, escreveu Tovani em sua sentença. Para isso, George transportou armas de fogo, explosivos, acessórios e munições de sua cidade natal, no Pará, em 12 de novembro. “Seu propósito era distribuir as armas para indivíduos dispostos a usá-las, com o objetivo de fomentar distúrbios sociais e evitar a propagação do que ele chama de comunismo”.

No dia 23 de dezembro, em frente ao Quartel-General, George, Alan, Wellington e outros manifestantes não identificados planejaram utilizar um artefato explosivo para realizar detonações em locais públicos, de acordo com o inquérito.

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Ruann Lima

Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF

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