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Investigações contra aliados de Lira sobre kit de robótica são enviadas ao STF e PGR

O juiz Roney Raimundo Leao Otilio enviou ao Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (5) a investigação de lavagem de dinheiro e fraude em licitação na compra de kits de robótica em municípios alagoanos. Otilio, da 2ª Vara Federal da Justiça de Alagoas, assinou o despacho para o STF e para a Procuradoria-Geral da República devido ao […]

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Foto: Ton Molina/Fotoarena

O juiz Roney Raimundo Leao Otilio enviou ao Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira (5) a investigação de lavagem de dinheiro e fraude em licitação na compra de kits de robótica em municípios alagoanos.

Otilio, da 2ª Vara Federal da Justiça de Alagoas, assinou o despacho para o STF e para a Procuradoria-Geral da República devido ao suposto envolvimento do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), no caso. A informação foi apurada pela Polícia Federal.

“Havendo indícios da participação nos delitos ora investigados de um congressista, a competência desse juízo se encerra”, declarou o juiz.

Os documentos que citam Lira e o ex-assessor do deputado, Luciano Cavalcante, também foram anexados ao envio. No mês passado, a PF havia cumprido mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Cavalcante, por meio da Operação Hefesto.

O magistrado definiu alguns elementos que corroboram a decisão. São eles: um documento apreendido pela PF com o controle de gastos dos itens; os recibos de lavagens de veículos; um termo de autorização de entrega de veículo; e um formulário de autorização de viagem outorgado por Lira com o assessor como beneficiário.

No material encontrado na casa de Wanderson Ribeiro de Jesus, o nome “Arthur” é citado 11 vezes no “caderno-caixa”, ao lado dos maiores valores. Ao todo, a soma é de R$ 256 mil reais.

A investigação da PF se iniciou em 2022, quando uma reportagem da Folha de S. Paulo revelou que a compra dos kits de aulas de robótica para escolas públicas de Alagoas foi superfaturada, envolvendo recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Desde então, Lira nega o envolvimento no caso, afirmando que a movimentação financeira tem origem nos seus ganhos como agropecuarista e da remuneração como deputado federal”.

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