A senadora Teresa Leitão participou nesta terça-feira (4) da sabatina dos indicados do presidente Lula ao Banco Central. Para ela, Gabriel Galípolo e Ailton Santos “tornam o BC mais ativo, não acomodado aos humores do mercado”.
“O mercado é tratado, no Brasil, como um ente que ri, um ente que intervém, um ente que acha bom, um ente que tem bom humor, um ente que tem mau humor, e quem quiser que se adapte”, disse a senadora em fala durante a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Galípolo foi indicado ao cargo de diretor de Política Monetária do BC pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ailton Santos, por sua vez, irá ocupar a posição de diretor de Fiscalização do órgão. A votação foi favorável para ambos os economistas- Santos, inclusive, será a primeira pessoa negra na cúpula do Banco Central.
A senadora aprovou as indicações e elogiou os candidatos. “Ailton Santos, o primeiro negro a ser indicado para um cargo de direção no Banco Central, comprova o nosso objetivo de dar ao alto escalão deste Governo uma maior diversidade. Parabéns por isso e parabéns por sua história!”, disse Leitão,
A parlamentar de Pernambuco também fez questionamentos a Galípolo e Santos a respeito das questões econômicas do Brasil. Para o primeiro, Teresa Leitão perguntou: “Como o Banco Central pode atuar, de maneira bem efetiva, para fomentar a inclusão financeira e reduzir as taxas de juros para os setores mais vulneráveis da sociedade? É para estes que a gente entende que a economia deva girar, não é?”
Em contrapartida, para Santos, ela perguntou sobre os desafios da fiscalização do BC, cargo ao qual ele foi designado. “O senhor vai ocupar um cargo de fiscalização, que já ocupa como servidor. Quais são os principais desafios de fiscalização dessas instituições financeiras e como o senhor pretende enfrentá-los?”
Entre perguntas e elogios, a senadora reiterou uma fala de Santos, na qual o economista reverenciou seus professores. “Para o senhor Ailton, eu quero destacar, como professora que sou, o reconhecimento que o senhor fez aos seus professores. Nada nos agrada mais nessa vida – é melhor do que o piso salarial, eu diria –, como o reconhecimento de um aluno ou de um ex-aluno pelo nosso trabalho”, concluiu Teresa Leitão.
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