Segundo dados divulgados pelo Centro Nacional de Previsão Ambiental dos Estados Unidos, esta segunda-feira (03) foi o dia mais quente da história já registrado em uma escala global. Dados da agência apontaram que a temperatura média planetária atingiu 17,01°C.
A marca atingida nesta segunda supera o recorde anterior, registrado em agosto de 2016, quando a temperatura do planeta chegou a 16,92º C. De acordo com os especialistas, as principais causas para a elevação dos termômetros são as mudanças climáticas causadas pelo homem e o El Niño. O fenômeno é definido pelo aumento da temperatura no oceano Pacífico, próximo à linha do Equador, com mudança na circulação de ventos e a distribuição de chuvas em todo o globo.
No Brasil, o El Ninõ impacta na quantidade de chuvas registradas no Norte e Nordeste, que registra um volume abaixo da média, enquanto as regiões Sul e Sudeste registram aumento.
Geralmente, o impacto que o El Niño causa no Brasil é a redução de chuvas nas regiões Norte, Nordeste, enquanto na Região Sul e no Sudeste é observado aumento das chuvas. No caso da temperatura, existe uma tendência de elevação em grande parte do país e esse aumento pode elevar o risco de queimadas no Brasil central. Dessa forma, teremos um inverno menos rigoroso por conta do El Niño”, disse a meteorologista Danielle Ferreira, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em entrevista à Agência Brasil.
Uma onda de calor intenso tem afetado diversas regiões do planeta nas últimas semanas, como o sul dos Estados Unidos, que tem sofrido com uma escalada da temperatura nas últimas semanas. No norte da África os termômetros têm chegado próximo da casa dos 50º C; na China, acima dos 35º C.
Nos EUA, os estados do Novo México, Louisiana, Arkansas, Kansas, Texas e Missouri são os mais afetados. No Texas, a sensação térmica ultrapassou a casa dos 50º C. Já o norte do país sofre com os efeitos das queimadas no Canadá.
Em 2023 a Antártida também registrou temperaturas elevadas. A Base de Pesquisa Vernadsky, da Ucrânia, localizada nas ilhas Argentinas, registrou um novo recorde para o mês de julho- inverno no continente -, com 8,7º C.