Parlamentares admitem que a “super semana” pode dar errado.
Até a segunda-feira (3), a expectativa sobre as votações do Carf, órgão que julga disputas entre contribuintes e o Fisco, reforma tributária e novo marco fiscal, era de que estava tudo certo para que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), ligasse os seus “tratores” e conseguisse avançar em duas semanas (ou menos) com as pautas mais importantes do governo na área econômica.
Até mesmo a “boa vontade” do presidente da Câmara era vista com desconfiança e cisma, mas com alguma fé de que tudo daria certo.
Acontece que, na noite dessa terça-feira (4), a maré mudou. Conforme uma fonte relatou para a coluna: “não tem como garantir coisa alguma com esse Congresso, e quem garante é maluco”.
Pois não teve em outra, a votação do projeto de lei que retoma o chamado “voto de qualidade” nos julgamentos do Carf, vinculado ao Ministério da Fazenda, tinha a votação em pauta dada como certa até às 18 horas e 30 minutos de hoje, porém, às 19h, tudo já tinha ido para o telhado.
Diante do impasse da pauta, o relator do novo marco fiscal, Claudio Cajado (PP-BA), convocou uma reunião às 19 horas dessa terça-feira (04) para discutir os rumos do projeto e os próximos passos.
Já no campo da reforma tributária, parlamentares dão quase como certo que o texto não será votado nesse semestre, principalmente por conta das discussões envolvendo governadores e prefeitos. E como já alertado por esta coluna, também pode acabar não avançando ou sendo fatiada para que tenha algum avanço.
Além disso, sobram críticas ao governo. Segundo membros do Congresso Nacional, o governo “precisa parar de achar que é só jogar nas mãos do Lira e torcer”.
Parece que a super semana do Lira e do governo na Câmara pode dar errado.
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