O Ministério Público Federal do Acre abriu uma ação para investigar o pastor André Valadão pelo crime de homofobia. O processo foi aberto nesta segunda-feira (3), a pedido do procurador regional dos Direitos do Cidadão, Lucas Costa Almeida Dias.
O religioso bolsonarista disse na noite de domingo (2) que os fiéis deveriam “matar pessoas LGBTQIA+”. A declaração discriminatória foi feita durante o culto na Igreja Batista Lagoinha em Orlando, nos Estados Unidos.
“Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: ‘Pode parar, reseta’! Mas Deus fala que não pode mais. Ele diz: ‘Já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso. Agora está com vocês'”.
Ao final da pregação, Valadão retoma a fala e sugere diretamente a perseguição contra pessoas homossexuais e transsexuais: “não entendeu o que eu disse? Agora, tá com vocês! Deus deixou o trabalho sujo para nós”.
Depois da repercussão negativa, o pastor negou que tenha dito sobre matar pessoas. Ainda afirmou que a imprensa distorceu sua fala, tirando as afirmações do contexto original. Valadão alegou ser vítima de “censura”.