Segundo o Metrópoles, os governadores insatisfeitos com a reforma tributária juntaram-se à pressão exercida sobre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), argumentando que pode “atrapalhar a direita” durante as eleições de 2026.
Especula-se que a diminuição na arrecadação e a falta de autonomia nos recursos podem ter um efeito negativo no potencial político dos possíveis candidatos à presidência. Pelo menos três governadores são considerados como substitutos na ala de direita para o inelegível Jair Bolsonaro (PL): Ratinho Júnior (PSD), Romeu Zema (Novo) e Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).
O espaço vazio não permanecerá desocupado por muito tempo. O governador de São Paulo assume um papel central na oposição à reforma tributária e forma um grupo de parlamentares determinados a adiar a análise do projeto. No domingo (2), ele se reuniu com quase 30 deputados federais.
Tarcísio também está entre os governadores que planejam uma reunião em Brasília nesta terça-feira (04) para debater a Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Além dele, estarão presentes Cláudio Castro (RJ), Eduardo Leite (RS), Eduardo Riedel (MS), Jorginho Mello (SC), Ratinho Júnior (PR), Renato Casagrande (ES) e Romeu Zema (MG). O encontro está agendado para as 19h, no B Hotel.
No domingo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, teve uma reunião com Ronaldo Caiado (União Brasil) com o objetivo de suavizar as críticas feitas pelo governador de Goiás, que parece ser o mais insatisfeito. Padilha também tem uma reunião agendada com Tarcísio nesta terça-feira (4).