A equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) submeteu à Justiça de São Paulo a argumentação de que o político não tem recursos para quitar a dívida da ausência de utilização de máscara, e sustenta que a restrição imposta às suas contas bancárias afetou “verba de caráter alimentar”.
O ex-mandatário está em débito com o estado de São Paulo em uma quantia de R$ 1.062.416,65 devido à sua não conformidade com a obrigatoriedade de utilizar máscara durante a crise da Covid-19. Em decorrência da falta de pagamento dessas obrigações, o sistema judicial procedeu ao bloqueio de R$ 500 mil nas contas pertencentes a Bolsonaro.
Com o intuito de buscar a liberação das contas bloqueadas, a equipe de defesa do ex-presidente ofereceu como garantia um apartamento situado na região do Sudoeste, em Brasília.
No decorrer do processo, a advogada de Bolsonaro, Karina Kufa, apresentou diversos anúncios de imóveis semelhantes na mesma área, cujos valores de venda oscilaram entre R$ 1,2 milhão e R$ 2 milhões.
A equipe de defesa de Bolsonaro sustentou que o montante bloqueado afetou todas as suas reservas financeiras, acarretando prejuízos tanto para o sustento de sua família quanto para ele próprio.