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Área de 118 hectares é arrasada por garimpo ilegal em Rondônia e no Amazonas

Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e do Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio) desmantelou uma estrutura ilegal de extração de cassiterita em uma área na divisa entre Rondônia e Amazonas. No local, foi descoberta uma área devastada de 118 hectares, correspondente a aproximadamente 118 campos de futebol. O delegado Thiago Peixe, […]

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Imagem: TV Brasil


Uma operação conjunta da Polícia Federal (PF) e do Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio) desmantelou uma estrutura ilegal de extração de cassiterita em uma área na divisa entre Rondônia e Amazonas. No local, foi descoberta uma área devastada de 118 hectares, correspondente a aproximadamente 118 campos de futebol.

O delegado Thiago Peixe, da Superintendência da PF em Rondônia, explicou que o local foi identificado através do sistema de monitoramento por satélite, complementado por denúncias da população local. Ele descreveu a região como uma “zona cinzenta”, distante das unidades de policiamento de ambos os estados, onde o acesso só foi possível com o auxílio de aeronaves fornecidas pelo ICMBio.

Com a aproximação das aeronaves, os garimpeiros fugiram e se esconderam na mata para evitar serem pegos em flagrante. A atividade de garimpo ilegal ocorria em uma área que abrange o Parque Nacional Campos Amazônicos e a Terra Indígena Tenharim Marmelos.

A operação, chamada de “Retomada” pela PF, envolveu a participação de 20 agentes da Polícia Federal e oito servidores do ICMBio, que atuaram na região entre os dias 29 de junho e 2 de julho. Durante a operação, foram identificadas atividades ilegais de extração de cassiterita, que é o minério utilizado na produção de estanho.

De acordo com Thiago Peixe, esse tipo de garimpo ilegal causa sérios danos ambientais. Além do desmatamento, há também o risco de contaminação por combustíveis e substâncias tóxicas utilizadas no processo de separação do minério da terra, realizado por meio de equipamentos chamados de resumidoras. Os buracos escavados na mineração representam uma ameaça à contaminação do lençol freático, além do impacto nos rios menores que deságuam nos rios maiores da região.

Na estrutura utilizada pelos garimpeiros, foram encontradas dez áreas de acampamento, onde foram apreendidas duas escavadeiras hidráulicas, 11 motores de dragagem, quatro geradores de energia elétrica e oito veículos, incluindo motocicletas e caminhonetes. A polícia destruiu toda a estrutura, estimando um prejuízo de R$ 8 milhões para a organização criminosa envolvida.

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