Nesta segunda-feira, 3, a executiva nacional do PDT aprovou por sete votos a zero uma intervenção para tentar solucionar a crise na disputa pela presidência do diretório cearense. No centro da disputa, o deputado federal André Figueiredo e o senador Cid Gomes.
“No direito administrativo, é transferência de uma competência de uma instância inferior para instância superior”, declarou Figueiredo, que acumula a presidência estadual e nacional do partido.
O parlamentar declarou que a disputa é ilegal e que pode causar “consequências imprevisíveis” para o PDT e insinuou que as últimas movimentações trata-se de uma tentativa de golpe.
“Se eu sou presidente do PDT até 31 de dezembro 2023 na certidão emitida pela Justiça Eleitoral e não há previsão estatutária de reunião de diretório para destituir executiva legitimamente eleita para um mandato, a tradução é muito simples”, afirmou.
Na reunião, Figueiredo e o senador Cid Gomes se abstiveram na votação. Na saída do encontro, Cid não quis comentar e se limitou a dizer que “o presidente que fala pelo partido”, se referindo a Figueiredo.
Por sua vez, Figueiredo ainda declarou que “o clima de animosidade entre algumas pessoas está muito elevado, nós temos absoluta certeza que esse ato poderia acontecer sob pena de levar ainda mais desgaste pelo PDT”.
Para um bom entendedor, a decisão da executiva do PDT, com o voto de Ciro Gomes, é um convite para que Cid Gomes e o seu grupo de deputados federais, estaduais e mais de 50 prefeitos se retirem do partido. E quem perde com isso? O próprio PDT, que sem a liderança de Cid no Ceará, ficará esvaziado.