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Gilmar Mendes contradiz Lula: ‘Democracia não pode ser relativizada’

Neste domingo (2), o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, respondeu às declarações do ex-presidente Lula (PT), contestando sua afirmação de que o conceito de democracia é relativo. Durante uma entrevista à Rádio Gaúcha na última quinta-feira, Lula defendeu o presidente venezuelano Nicolás Maduro, mas o magistrado discordou do argumento utilizado pelo ex-chefe […]

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Imagem: Montagem

Neste domingo (2), o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, respondeu às declarações do ex-presidente Lula (PT), contestando sua afirmação de que o conceito de democracia é relativo. Durante uma entrevista à Rádio Gaúcha na última quinta-feira, Lula defendeu o presidente venezuelano Nicolás Maduro, mas o magistrado discordou do argumento utilizado pelo ex-chefe do Executivo.

“O conceito de democracia não é relativo. Após a superação dos regimes totalitários do século XX, a democracia não pode, seriamente, ser concebida como uma fórmula vazia, apta a aceitar qualquer conteúdo”, afirmou Gilmar Mendes.

Durante a entrevista, Lula foi perguntado declarou que a “Venezuela tem mais eleições do que o Brasil”. “A Venezuela, ela tem mais eleições do que o Brasil. A Venezuela, desde que o Chávez tomou posse…. o conceito de democracia é relativo para você e para mim”, declarou.

Em resposta, Gilmar afirmou que a as eleições não asseguram a democracia. “A realização de eleições, em tal hipotético cenário, jamais poderia afiançar o caráter democrático de um regime político: aos eleitores não cumpre escolher entre governo e oposição, mas apenas referendar a vontade do ditador de plantão”, afirmou.

Desde antes da entrevista, Lula tem enfrentado críticas por sua estreita relação com Maduro. No mês passado, o ex-presidente recebeu o líder venezuelano no Palácio do Planalto, ocasião em que declarou que o país vizinho está sendo vítima de “narrativas mentirosas”.

“Existe uma narrativa no mundo de que na Venezuela não tem democracia e que ele cometeu erros. Eu disse para ele (Maduro) que é a obrigação dele construir a narrativa com os fatos verdadeiros”, disse Lula.

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