Silêncio de Moro após condenação é criticado por filho de Bolsonaro

Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE

Neste sábado (1º), o vereador Carlos Bolsonaro, representante do Rio de Janeiro pelo partido Republicanos, expressou críticas ao silêncio do senador Sergio Moro, membro do partido União Brasil, em relação à condenação de seu pai pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em resposta a uma postagem no Twitter que levantava questionamentos sobre a ausência de pronunciamento por parte de Moro, o filho de Jair Bolsonaro, também filiado ao Partido Liberal (PL), manifestou sua insatisfação.

Na publicação, que expõe uma foto de Moro ao lado do ministro do STF, Alexandre de Moraes, a bolsonarista Elisa Brom questiona: “Alguma manifestação do Moro em relação a inelegibilidade de Bolsonaro?”. “Terceira via tá chamuscando a beiçola”, respondeu o filho de Bolsonaro.

Um dia após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que resultou na inelegibilidade de Bolsonaro, Sergio Moro e sua esposa, a deputada federal Rosângela, não fizeram qualquer menção ao político. No sábado, o ex-juiz federal compartilhou apenas um story no Instagram, lamentando a morte do jornalista paranaense Gil Rocha.

Entre os políticos que ganharam destaque durante a operação Lava-Jato, o ex-deputado Deltan Dallagnol, filiado ao partido Podemos e conhecido por seu papel como procurador, criticou a condenação de Bolsonaro no Twitter. Dallagnol afirmou que o julgamento foi parcial, destacando a influência da capa dos autos, o alinhamento político dos ministros e os interesses em jogo que, segundo ele, determinaram o destino do processo, algo que também tem sido observado em outros casos.

Em maio deste ano, Dallagnol teve seu mandato cassado pelo TSE com base na Lei da Ficha Limpa. Os magistrados da Corte Eleitoral decidiram, por unanimidade, que Dallagnol deixou o Ministério Público Federal para evitar possíveis punições.

A condenação de Bolsonaro foi decorrente de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A decisão do TSE se baseou em uma reunião realizada em julho do ano anterior, na qual Bolsonaro atacou o sistema eleitoral sem apresentar provas.

Clarice Candido:
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