Prestes a se tornar inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral, pelos crimes contra o sistema eleitoral, Jair Bolsonaro teve seu momento de delírio e disse durante entrevista a Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, que será uma “opção viável” nas eleições de 2026.
Antes de expressar tal delírio, o ex-inquilino do Planalto disse que vai “conversar” com seus advogados e que “o recurso irá para o Supremo Tribunal Federal (STF)”. Ele tentou se defender citando o voto do ministro do STF, Gilmar Mendes, no processo de cassação da chapa Dilma-Temer, em 2017.
Vale lembrar que naquele período, Gilmar Mendes disse que “a Justiça Eleitoral não deve existir para caçar mandatos, muito menos de presidentes”. Voltando a Bolsonaro, ele foi questionado sobre as alternativas do campo da direita em caso de sua inelegibilidade. Ele afirmou que é a “opção da direita” para a próxima eleição nacional.
“No momento, sou opção da direita. Tem muita gente boa na direita, mas acho que não tem um lastro, ainda, não é conhecido nacionalmente o suficiente para disputar uma eleição presidencial. Não vou citar nomes para não termos ciúmes, pois posso esquecer de alguém. Fizemos boas lideranças”.
Na sequência, ele foi perguntado sobre o uso abusivo do Planalto. Ele respondeu como se a residência oficial fosse sua propriedade particular e tentou se vitimizar. “Uso abusivo do Planalto? É a minha casa. Pode o TSE me impedir de fazer lives dentro da minha casa no período eleitoral? Isso é justo? Pode o TSE dizer que eu não posso divulgar imagens do 7 de setembro?”.