O presidente Lula (PT) entregou, nesta sexta-feira (30), 446 unidades do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida” no município de Viamão, no Rio Grande do Sul. Durante a cerimônia, o líder petista fez uma declaração impactante, sem mencionar nomes, afirmando que a pobreza no Brasil é resultado da “falta de vergonha naqueles que governaram este país”.
Essa declaração ocorre logo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarar a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula estava se referindo aos últimos quatro anos de governo de Bolsonaro, ressaltando que, em sua visão, nenhum projeto foi entregue durante esse período.
“Não existe no Pará, no Amazonas, no Maranhão, Pernambuco e nem na Bahia. Não tem uma obra. Por Deus do céu, eu não sei o que foi feito nos últimos 4 anos, a não ser mentira, destilação de ódio, provocação de mentira e ofensas a todo mundo. Esse país não é assim. O povo brasileiro é fraterno, carinhoso e bondoso”, declarou o presidente.
“Essa pobreza, na verdade, é falta de vergonha na gente que governou esse país durante tantos anos. Nós provamos em 2012 que era possível acabar com a fome nesse país e, acabamos! Quando eu voltei tinha 33 milhões de pessoas passando fome. Nós vamos acabar outra vez”, afirmou.
Nesta sexta-feira (30), Lula está cumprindo uma série de compromissos no Rio Grande do Sul. Após a entrega das unidades habitacionais, ele terá um almoço com o governador Eduardo Leite (PSDB) e, em seguida, visitará as novas instalações do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
O presidente também participará da cerimônia de inauguração oficial dos novos blocos do centro médico. A previsão é que Lula retorne à capital federal no final do dia. Ele está acompanhado pelos ministros Paulo Pimenta e Jader Filho, responsáveis, respectivamente, pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República e pelo Ministério das Cidades.
Ligeiro
01/07/2023 - 16h27
Lula tem que se ater que ele governou por 8 anos e Dilma por 6 anos. As frases podem voltar-se contra si.
No entanto, penso que culpar só Lula/PT e ignorar deputados e senadores acaba sendo comum no Brasil. Esquecemos que muitas das restrições políticas estão nas mãos dos legisladores, pois vivemos em um presidencialismo (meio que quase parlamentarista, mas é um quase do quase).
Torço muito que Lula e parte da esquerda que está no poder hoje comecem a enquadrar os políticos que contribuíram para a manutenção da pobreza no país. E disso falo dos políticos que fazem rachadinhas e/ou outras coisas como desvio de verbas baseado em projetos chamativos (como o do kit robótica um dos exemplos recentes).
A sensação que tenho é que as pessoas esperam muito que a esquerda “corte na carne” quando falamos de acabar com gente que usa pobre apenas para voto e bucha de canhão – ou seja, pegar políticos de esquerda que dizem defensores do social, mas tem atitudes elitistas ou prejudiciais. Só lembrar do caso da foz do Rio Amazonas.
Paulo
01/07/2023 - 00h15
Não entendi. Cumé que é? Então a fome havia acabado, nos Governos Lula I e II?