Entre traições e luto, o ex-capitão acredita que a decisão do TSE foi infundada.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acredita que o Brasil ficará de luto após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de torná-lo inelegível nesta sexta-feira (30).
O político afirmou ainda que seu afastamento por oito anos de cargos políticos foi uma “facada nas costas”.
“Não gostaria de me tornar inelegível. Há pouco tempo tomei uma facada na barriga, hoje uma facada nas costas”, disse o ex-capitão em entrevista à imprensa, em Belo Horizonte (MG).
Bolsonaro, além de declarar que se sentiu traído pelos votos dos parlamentares, questionou o entendimento do TSE e minimizou as ações pelas quais foi julgado. O ex-presidente ironizou a situação: “um crime sem corrupção”, disse.
O político não concordou com a decisão dos ministros em puni-lo por abuso de poder ao colocar em dúvida, sem provas, a credibilidade do sistema eleitoral do Brasil durante as eleições presidenciais de 2022.
“Isso é crime? Abuso de poder político? Por defender algo que eu sempre defendi quando parlamentar [o voto impresso]?”, argumentou.
Ele disse que, agora, Lula irá “entrar em campo para ganhar por quase W.O em 2023”, mas afirmou que “isso é democracia”. O político ainda designou a si a forma que a direita ganhou depois de seu mandato.
“Eu não estou morto, vamos continuar trabalhando. Não é o fim da direita no Brasil. Antes de mim ela existia, mas não tinha forma. Começou a ganhar materialidade”, alegou.
“Acho que o Brasil fica de luto, mas alguém vai soltar fogos, obviamente”, concluiu Bolsonaro.