Segundo colegas de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro, apontado como detentor de “superpoderes” devido aos casos de grande repercussão em suas mãos, tende a diminuir seu destaque em um futuro próximo. A análise dos magistrados da corte indica que esse processo ocorrerá naturalmente, à medida que as ações concentradas por Moraes forem sendo julgadas e esgotadas.
Um dos processos de maior relevância ligados ao ministro, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi a decretação da inelegibilidade de Jair Bolsonaro, anunciada na última sexta-feira com um placar de 5 a 2 contra o ex-presidente.
De acordo com a avaliação dos colegas de Moraes, mais dois casos envolvendo Bolsonaro devem ser julgados no TSE até o fim do ano. Além disso, o próprio ministro tem manifestado sua intenção de encerrar, em seis meses, os casos mais graves relacionados aos investigados do evento ocorrido em 8 de janeiro.
No STF, a percepção é que, à medida que os processos de maior repercussão forem sendo finalizados e à medida que se retome uma relação institucional com os demais poderes, principalmente o Executivo, a tendência é que Moraes deixe de assumir um protagonismo tão evidente. O papel do ministro na preservação das eleições de 2022 e do estado democrático, especialmente como presidente do TSE, é destacado e reconhecido por seus colegas no STF.
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