“Só falarei depois do placar”, disse Jair Bolsonaro, na véspera da decisão do julgamento que pode tornar o ex-presidente afastado de cargos políticos por oito anos.
O político desembarcou em Belo Horizonte na noite desta quinta-feira (29) para acompanhar o velório do ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli. Ao chegar no Aeroporto de Confins, foi questionado pelo jornal O Tempo quais as expectativas frente a possível decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de torná-lo inelegível.
O ex-presidente disse que prefere comentar a respeito da questão somente após o resultado dos votos dos parlamentares. “Não vou discutir, deixarei acontecer”. Apesar das decisões dos ministros do TSE pouco favoráveis a Bolsonaro, ele afirmou estar confiante.
O julgamento, ainda em andamento, será retomado na manhã desta sexta (30). Até agora, três ministros votaram a favor da inelegibilidade do ex-presidente e apenas um votou contra.
O ministro Benedito Gonçalves, relator da ação, foi o primeiro a votar na última terça, seguido dos ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares na quinta – Araújo foi o único parlamentar a votar contra a punição.
Nesta sexta-feira (30), votam os outros três ministros: Nunes Marques, Cármen Lúcia, vice-presidente do tribunal, e Alexandre de Moraes, presidente do tribunal.
Ao mesmo tempo, na capital mineira, o ex-presidente acompanha o velório e enterro de Paolinelli, que acontecem também na sexta.”Além de um respeito, eu fiz uma amizade com Paolinelli. Todos nós aqui reconhecemos o que ele fez pela agricultura do Brasil”, declarou Bolsonaro. “É uma despedida de um homem que marcou espaço no mundo todo e é reconhecido por todos. Eu estava no Rio, mas as agendas poderiam ser adiadas. Adiei e vim para a despedida do velho guerreiro”.
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