O Tribunal Superior Eleitoral condenou nesta quinta-feira (30) o ex-presidente Jair Bolsonaro à inelegibilidade. Por 5 votos a 2, a maioria dos ministros decidiram acompanhar o voto do relator do processo, Benedito Gonçalves, ao entenderem que Bolsonaro é culpado por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação.
O ex-presidente estava sob julgamento no TSE por ter realizado uma reunião com diversos embaixadores em julho de 2022, onde defendeu, sem apresentar provas, que o sistema eleitoral brasileiro era falho. Bolsonaro argumentou que as eleições gerais de 2018, que ele se consagrou vencedor, sofreram um ataque hacker, além de ter colocado sob suspeita o processo eleitoral do ano em questão.
Enquanto o julgamento ainda acontecia, mas já com o destino consumado, o ex-presidente foi entrevistado em Minas Gerais, onde prestava homenagens no velório do ex-ministro da agricultura Alysson Paolinelli.
Bolsonaro afirmou que “não está morto” politicamente e afirmou que irá analisar a “questão do recurso” com seus advogados. O ex-presidente, no entanto, ironizou o fato de seu recurso ser o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Acredito que tenha sido a primeira condenação por abuso de poder político; crime sem corrupção.”, afirmou o ex-presidente. Ele completou dizendo que desde quando ele assumiu diziam que ele daria um golpe, mas respeitou a constituição “muitas vezes à contragosto”.
O ex-presidente finaliza dizendo que a “direita não morreu no Brasil” e que ainda vai trabalhar para tentar eleger prefeitos aliados nas eleições de 2024.