Nesta sexta-feira (30), Jair Bolsonaro (PL) foi condenado em julgamento no Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação.
O ex-presidente foi julgado por ter realizado uma reunião com embaixadores de diversos países alegando que o processo eleitoral brasileiro não seria confiável. Ele argumentou, sem provas, que houve um ataque hacker durante as eleições de 2018 e colocou as eleições de 2022 em dúvida.
Por um placar de 5×2, a maioria dos ministros do TSE decidiram pela inelegibilidade do ex-presidente. Cármen Lúcia, vice-presidente do tribunal, foi a responsável pelo voto decisivo. Raúl Araújo e Kassio Nunes Marques foram os únicos magistrados a divergir do parecer integral do relator Benedito Gonçalves.
Aliados de Bolsonaro reagiram à condenação através de declarações em suas redes sociais.
Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, que segundo apuração do jornalista Pedro Figueiredo da GloboNews acompanhou o último dia de julgamento de Las Vegas, se demonstrou incrédulo com a situação. Para ele, o ex-presidente foi condenado apenas por “falar”. Valdemar, inclusive, cita que Bolsonaro perdeu todos os direitos políticos, o que não é verdade. Na verdade o ex-presidente perdeu apenas o direito de se candidatar e receber votos em eleições, mas permanece com todos os seus outros direitos políticos, como estar filiado a partidos.
Ciro Nogueira, presidente do PP e aliado do ex-presidente, também foi incisivo nas redes sociais. Segundo ele, “a esperança está mais viva do que nunca”.
Carla Zambelli, fiel defensora do ex-presidente também se manifestou a favor de Bolsonaro. Segundo ela, “a semeadura do presidente Bolsonaro não desaparecerá”.
O Senador da República e filho, Flávio Bolsonaro, também se manifestou nas redes. Para ele, seu pai foi “injustiçado”. Além disso, afirmou que ele e aliados seguirão “fortes para resgatar o Brasil das mãos sujas do PT”.
Jair Bolsonaro está inelegível até 2030 após julgamento do TSE. Segundo o ex-presidente, que deu entrevista à CNN nesta sexta-feira ainda durante o julgamento, ele tentará recorrer da decisão. O ex-presidente disse que “não está morto” politicamente e que vai trabalhar como “cabo eleitoral” para eleger prefeitos aliados nas eleições de 2024.