O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro irá prestar depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (30). Mauro Cid foi preso no dia 3 maio em investigação da PF sobre supostas falsificações em cartões de vacinação, que incluíam, inclusive, o do ex-presidente. No entanto, o depoimento é relativo aos atos golpistas do 8 de janeiro.
A defesa de Mauro Cid pediu a revogação de sua prisão ao ministro Alexandre de Moraes, que negou o requerimento. O membro da suprema corte também optou por manter presos Max Guilherme de Moura, Sergio Cordeiro e Ailton Barros, que também recorreram da decisão. Eles foram presos no mesmo dia que Cid por conta da investigação acerca dos cartões de vacina.
Moraes justificou a manutenção da prisão de Cid, Max Moura, Sérgio Cordeiro e Ailton Barros afirmando que “a evolução das diligências apuratórias, especialmente sobre os dados telemáticos obtidos, reforça os indícios de participação dos investigados em esquema criminoso”.
O Ministro acrescentou que a “a necessidade de novas oitivas [depoimentos] e a análise do conteúdo obtido através da apreensão dos bens dos investigados requerentes, que se encontra em andamento, revelam a permanência da necessidade e da adequação das prisões preventivas decretadas”.
Silêncio de Cid
Durante o programa Em Pauta da Globonews desta quinta-feira (29), Eliane Catanhêde afirmou que dessa vez Mauro Cid irá falar no depoimento.
O ex-ajudante de ordens que já havia prestado dois depoimentos à PF, ficou calado nas duas oportunidades. Segundo a defesa de Cid, ele não falaria porque seus advogados não tiveram acesso aos autos do processo.
Segundo Catanhêde, a defesa de Cid teve acesso aos autos durante essa semana, por isso uma fonte teria confirmado a ela que o investigado, dessa vez, falaria. Cid, que também deve depor na CPMI dos atos golpistas da próxima terça-feira (3), de acordo com Catanhêde, estará mais contido “diante das câmeras” do que no depoimento a portas fechadas na Polícia Federal nesta sexta.
Minuta do Golpe
De acordo com a PF a minuta do golpe encontrada no celular de Mauro Cid ratifica a “hipótese criminal relacionado a participação dos investigados na tentativa de execução de um golpe de Estado”. A Polícia Federal, ainda, declarou ao STF que baseado nas provas encontradas no celular do ex-ajudante de ordens, a atuação de Cid e de outros investigados pelos atos golpistas “contribuiu para os atos criminosos ocorridos no dia 08 de janeiro de 2023, materializando os objetivos ilícitos da organização criminosa investigada”.
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