Ainda nesta quinta-feira, 29, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi questionado sobre a expectativa de aprovação da reforma tributária. O chefe de estado declarou que “certamente” a reforma será votada pelo Congresso, mas que por outro lado não será aprovada integralmente.
“Vai ser a primeira reforma tributária votada no regime democrático. E o Haddad está coordenando com maestria, junto com o ministro Padilha, com o líder Jaques Wagner, com o líder Guimarães e o líder Randolfe, a conversa com o relator, com o presidente da Câmara, do Senado”, disse o presidente.
“Certamente não passará a Medida Provisória na integralidade daquilo que o governo queria, mas certamente passará uma Medida Provisória que vai dotar o Estado de maior proteção contra a sonegação, de maior capacidade de arrecadação e de capacidade de redução da quantidade de imposto. A gente não quer punir a produção. A gente quer que a gente possa cobrar isso no consumo e acho que vai ser muito importante para o Brasil”.
Sobre a relação do governo com o Congresso, Lula disse que mantém conversas permanentes com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Um presidente tem que estabelecer a relação com o Congresso tendo consciência que é ele, presidente, que precisa mais do Congresso do que o Congresso precisa dele”.
“Se isso é verdade, então o presidente tem que, de forma muito civilizada, estabelecer uma política de discussão com o Congresso. Nós, em cada Medida Provisória, discutimos com as lideranças. Muitas vezes nos reunimos com o Lira na Câmara e com o Pacheco no Senado para discutir a Medida Provisória, porque nenhum deputado é obrigado a votar na Medida Provisória do governo do jeito que o governo quer. São 513 deputados, 513 cabeças que vêm de lugares diferentes. Eles têm direito de colocar emenda ou não. Mas a discussão é a mais tranquila possível. É dialogar, fazer acerto, ‘isso aqui dá para passar’, ‘isso não dá’, ‘vamos tentar mudar isso aqui’. É assim que a gente faz cotidianamente”.
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