Bolsonaro critica provas do TSE em grupo de WhatsApp com parlamentares do PL

Imagem: Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) expressou sua indignação em relação às provas apresentadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em um grupo de conversa no WhatsApp com parlamentares. Bolsonaro classificou como “vergonha” o uso da minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres como evidência na ação que busca sua inelegibilidade até 2030.

Além disso, Bolsonaro levantou preocupações sobre um possível “conflito de interesse claro” na atuação dos ministros do TSE Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. Ele defendeu que esses ministros se declarassem impedidos de julgar seu caso.

Os comentários foram feitos em um grupo de WhatsApp intitulado “PL Deputados”, criado pelo ex-presidente no último dia 20, dois dias antes do início do julgamento no TSE. O grupo conta com 81 membros, e apenas Bolsonaro tem permissão para enviar mensagens, sendo o único administrador.

A assessoria do ex-presidente, ao ser questionada, afirmou que o grupo foi criado como meio de comunicação com sua base e já foi desfeito. Alegaram também que Bolsonaro não deu opiniões sobre os temas discutidos.

Em uma das mensagens enviadas no grupo, Bolsonaro compartilhou um vídeo com trechos da sustentação oral de seu advogado, Tarcísio Vieira de Carvalho, durante o julgamento no TSE. Na mensagem, ele escreveu: “Sustentação oral. Inelegibilidade de Bolsonaro. Documento apócrifo. Estado de Defesa. Vergonha como prova…”.

No trecho da sustentação, o advogado afirma que o documento apócrifo é inútil, risível e com erros de português, além de não ter tido nenhum efeito prático. Segundo a defesa de Bolsonaro, a inclusão da minuta golpista no processo eleitoral é uma das principais críticas.

O relator do caso e corregedor-geral do TSE, Benedito Gonçalves, votou a favor da inelegibilidade de Bolsonaro até 2030 e defendeu a inclusão da minuta, classificando-a como “golpista em sua essência”. A minuta em questão foi encontrada pela Polícia Federal na residência do ex-ministro Anderson Torres e tratava da decretação de um estado de defesa após a eleição de Lula (PT).

O julgamento no TSE continua, e o resultado final ainda não foi anunciado. As discussões e as reações de diferentes atores políticos em relação a esse caso têm gerado intensos debates sobre a validade das provas apresentadas e o futuro político de Jair Bolsonaro.

Ruann Lima: Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF
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