O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, tomou a iniciativa de acionar o Ministério da Justiça, a Polícia Federal, a Câmara dos Deputados e a Procuradoria Geral da República em resposta a declarações racistas feitas pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). As medidas foram tomadas após Gayer proferir comentários ofensivos contra africanos durante um podcast.
O deputado foi questionado sobre o QI médio de africanos em comparação com o de macacos. Em sua resposta, Gayer relacionou as ditaduras na África à suposta falta de capacidade cognitiva dos africanos, afirmando que a democracia não prospera no continente por conta dessa suposta limitação. Além disso, ele fez comparações depreciativas com a situação no Brasil.
Silvio Almeida, ao tomar conhecimento das declarações, acionou os órgãos competentes e enviou vídeos em que “um deputado federal bolsonarista dirige ofensas discriminatórias a brasileiros e africanos, bem como a membros dos Três Poderes da República”. O ministro ressaltou que a imunidade parlamentar não deve ser usada como escudo para a prática de crimes.
Gustavo Gayer, em sua defesa no Twitter, alegou que sua fala foi recortada e que, antes do trecho citado, ele mencionou a subnutrição como um fator que afeta o QI da população africana. Ele também acusou as pessoas de enxergarem racismo em suas palavras e se autodeclarou vítima de preconceito.
As autoridades competentes agora estão analisando as medidas apropriadas diante das declarações ofensivas do deputado, com o intuito de promover a igualdade e o respeito entre as pessoas, independentemente de sua origem ou nacionalidade. Esse caso ressalta a importância de combater discursos discriminatórios e reforçar o compromisso com a igualdade de direitos e a diversidade.