O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não pretende propor alterações na meta de inflação durante a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) nesta quarta-feira (28 de junho de 2023). Ele declarou que não revelaria seu voto antecipadamente, mas afirmou que a meta a ser seguida em 2024 continuará em 3%.
Haddad concedeu uma entrevista à jornalista Míriam Leitão, do jornal O Globo. Alguns trechos da entrevista foram publicados na coluna da jornalista. A entrevista completa será transmitida na GloboNews às 23h.
“O ano que vem já está definido, estamos discutindo o futuro de 2025 para a frente. Agora, o que eu venho defendendo é que só dois países que adotam a meta de inflação em ano-calendário. E isso na minha cona (sic) causa apreensão desnecessária que a todo ano tem que recolocar o problema”, afirmou Haddad.
Os dois países mencionados por Haddad são o Brasil e a Turquia. Em maio, Haddad já havia expressado críticas em relação à meta de inflação anual.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu em 2022 a meta de 3% de inflação a ser alcançada em 2025. Durante a reunião desta quarta-feira (28), o CMN irá determinar o objetivo inflacionário para o ano de 2026. O comitê é composto pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, Haddad e pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
O ministro expressou o seu apoio a uma meta que abranja um “horizonte relevante” e não se limite a apenas um ano. De acordo com ele, houve mudanças na meta que foram consideradas “desnecessárias”. Haddad afirmou que a atual discussão sobre o assunto gera uma “apreensão desnecessária”.
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