O novo modelo da segurança do presidente foi decida nesta quarta com ministros da Casa Civil, Justiça e da GSI.
Os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Justiça, Flávio Dino, anunciaram que o comando da segurança pessoal do presidente Lula voltará a ser feito pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em coletiva nesta quarta-feira (28).
A estrutura em funcionamento a partir de julho, segundo Rui Costa, irá mudar a composição antiga. Antes, a segurança do presidente seguia os moldes adotados na transição do governo, com apenas policiais federais. Agora, ela irá contar com a participação de civis, policiais e militares, formando um “modelo híbrido” de segurança.
“Conforme tinha sido previsto, de forma consensual e harmônica, o presidente arbitrou pelo modelo híbrido, onde vão trabalhar tanto a equipe do GSI como a da Polícia Federal para garantir a segurança do presidente, do vice-presidente e dos seus respectivos familiares”, confirmou.
A segurança de Lula e familiares feita desde janeiro foi criada pelo próprio presidente e era prevista para ser temporária – o prazo de funcionamento se encerra nesta semana. A secretaria comandada pelo delegado da Polícia Federal Aleksander Oliveira era a responsável.
A mudança no modelo de segurança causou atrito entre os militares e a PF, uma vez que ambos queriam coordenar a segurança direta do presidente da República. Conforme indica o g1, a competência era de militares, representados pelo GSI.
Flávio Dino chegou a reconhecer a atuação do Gabinete, porém defendeu a continuidade da Polícia Federal na área, com elogios ao trabalho feito até agora. “A decisão evidentemente será do Presidente da República, pois é um assunto que está diretamente relacionado a ele e sua família”, afirmou o ministro em entrevista.
O novo formato permite que Lula escolha os responsáveis por sua segurança em viagens e compromissos oficiais. Caso o presidente ou o vice, Geraldo Alckmin, queiram, eles podem convidar para as equipes de seguranças os policiais militares e civis dos estados, explica o chefe da Casa Civil.
A composição foi decidida por Lula, Costa, Dino e o ministro do GSI, general Amaro, em uma reunião nesta quarta.”É duplamente híbrido o modelo aprovado. É híbrido no sentido que o GSI terá caráter militar e civil ao mesmo tempo, foi uma determinação do presidente da República. E híbrido também porque além da atuação do GSI, poderá haver atuação da Polícia Federal com a estrutura já existente de segurança de autoridades, chefes de estado, ministros, que eventualmente poderá prestar essa segurança”, explicou o ministro da Justiça.