Um dos elementos impulsionadores da malsucedida tentativa de Jair Bolsonaro de contestar a confiabilidade das urnas eletrônicas, que agora resultará na inelegibilidade do ex-presidente, teve um custo de R$ 1,1 milhão para o Partido Liberal (PL).
O Instituto Voto Legal, contratado pelo partido, recebeu cinco pagamentos no valor de R$ 225 mil cada, totalizando R$ 1,125 milhão, para produzir um relatório sobre a segurança das urnas eletrônicas.
O parecer emitido pelo instituto pedia a invalidação dos votos registrados em 279 mil urnas no segundo turno das eleições. No entanto, o pedido foi prontamente rejeitado por Alexandre de Moraes, que não apenas o classificou como mentiroso, mas também multou o PL em R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé.
O julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que resultará na inelegibilidade de Bolsonaro e poderá afastá-lo das urnas por oito anos, não aborda a contratação do instituto nem os relatórios produzidos por ele.
O caso em questão refere-se ao momento em que Bolsonaro, diante de diversos embaixadores de diferentes países no Palácio da Alvorada, proferiu um discurso atacando o sistema eletrônico de votação e acusando a Justiça Eleitoral de fraudar as eleições.
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