Carlos Fávaro afirma que foi um “esforço impressionante” manter os recursos do Plano Safra em conciliação com as atuais taxas de juros Selic.
Durante o lançamento do Plano Safra 2023/2024 nesta terça-feira (27), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, criticou a atual gestão do Banco Central e as altas taxas de juros da Selic.
“O Brasil não pode ficar refém de uma pessoa que não tem compromisso com a geração de empregos e com o desenvolvimento econômico”, disse o político, repreendendo o presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Fávaro – falando como senador, e não ministro – convocou Campos Neto para discutir sobre a taxa básica de juros da economia brasileira no Senado. Apesar de fazer elogios ao controle da inflação, o senador rasga críticas às ações do presidente do BC frente à falta de medidas para reduzir os tributos.
De acordo com os dados informados por Fávaro no discurso de lançamento do Plano Safra, os recursos destinados à proposta batem recordes. São 27% a mais do que no ano passado, advindos de “muito suor da equipe econômica”.
“O Plano Safra passado tinha a taxa básica de juros de 12,75%. E agora foi contribuído com juros de 13,75%. E equalizar isso é um esforço impressionante. Aumentamos muito os recursos, 27%, e conseguimos abaixar um pouco até a taxa de juros. Não podemos continuar dessa forma”, explicou.
Para Fávaro, reivindicar a queda da taxa de juros é uma “questão de sobrevivência” para o agro. Ele pede que as críticas feitas pelo setor sejam mais “contundentes”.
Ao final, ele concluiu afirmando que irá buscar alternativas para melhorias no âmbito financeiro.
“Nós vamos trazer oportunidades cada vez mais fortes. Não ficamos só reclamando e criticando. É determinação do presidente Lula buscar as alternativas, fazer com que as coisas sejam melhores e tragam mais oportunidades”.