A sucessão pela presidência da Câmara dos Deputados está sendo discutida entre o governo e o Congresso Nacional com o objetivo de ampliar o apoio ao presidente Lula. Embora a eleição esteja marcada para fevereiro de 2025, o assunto já está sendo debatido em conversas reservadas, embora não haja consenso no governo sobre o tema.
Na última semana, membros do Palácio do Planalto sinalizaram ao presidente da Câmara, Arthur Lira, que devem apoiar o candidato de sua escolha para substituí-lo. O ministro Rui Costa, da Casa Civil, teria manifestado apoio a Elmar Nascimento, do partido União Brasil.
Apesar de serem adversários políticos na Bahia, Rui e Elmar se reuniram, e o ministro indicou que, para Elmar obter o apoio do governo, seria necessário trabalhar e demonstrar maior lealdade ao Executivo na Casa.
Embora não sejam mencionados publicamente, outros nomes também despontam como possíveis candidatos, como Marcos Pereira, presidente dos Republicanos e atual vice-presidente da Câmara, Antonio Brito, líder do PSD, e Isnaldo Bulhões Jr., líder do MDB.
Parte dos aliados do governo defende que o Executivo tenha um nome próprio na disputa, considerando a perspectiva de melhora na economia que fortalecerá a gestão de Lula. O partido PSD também é visto como um possível aliado estratégico para garantir o apoio do partido nas eleições presidenciais de 2026.
Embora ainda haja tempo até a eleição, essas articulações também envolvem a formação da base do governo no Congresso. O próprio Arthur Lira tem afirmado que o Palácio do Planalto se comprometeu a apoiar seu candidato escolhido e espera que isso seja cumprido.
Caso Elmar decida se candidatar e receba o apoio do governo, isso poderá causar descontentamento no PT da Bahia, pois Lula manteve uma interlocução com Elmar para angariar apoios dos deputados do partido União Brasil. No entanto, o convite feito por Lula para Elmar assumir o Ministério da Integração Nacional foi retirado devido à resistência de integrantes do PT baiano, o que gerou mal-estar.
Essas negociações estão sujeitas a mudanças, mas são parte das discussões sobre a formação da base de apoio do governo federal no Congresso.
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