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CPI dos Atos Golpistas: militar diz se arrepender de propor ação contra posse de Lula

Durante seu depoimento à CPI dos Atos Golpistas nesta terça-feira (27), o tenente-coronel do Exército Jean Lawand Júnior admitiu ter sido “infeliz” em suas declarações e expressou arrependimento por ter proposto uma ação do Exército em resposta à vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do ano passado. O militar foi […]

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Imagem: Divulgação

Durante seu depoimento à CPI dos Atos Golpistas nesta terça-feira (27), o tenente-coronel do Exército Jean Lawand Júnior admitiu ter sido “infeliz” em suas declarações e expressou arrependimento por ter proposto uma ação do Exército em resposta à vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições do ano passado.

O militar foi convocado a depor após a descoberta de mensagens trocadas entre ele e o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, também tenente-coronel Mauro Cid. Essas mensagens foram encontradas no celular de Cid, que estava sendo investigado pela Polícia Federal por suposta fraude no cartão de vacinas de Bolsonaro.

Nas mensagens, Lawand sugeriu a Mauro Cid, ainda em 2022, que Bolsonaro tomasse medidas para que as Forças Armadas impedissem a posse de Lula. No entanto, durante seu depoimento à CPI, ele negou ter proposto um golpe e alegou que sua intenção era apenas obter uma declaração do ex-presidente para “apaziguar” o país.

“Esta colocação minha, eu fui muito infeliz. Sou um simples coronel conversando num grupo de WhatsApp com um amigo. Não tinha comandamento, não tinha condições, não tinha motivação para qualquer tipo de golpe. Essa observação minha foi muito infeliz porque eu não tenho contato com ninguém do alto comando. Então, fui infeliz, me arrependo”, declarou Lawand.

O coronel ainda afirmou que, ao enviar as mensagens a Cid propondo a ação de Bolsonaro, seu objetivo era evitar uma possível “convulsão social”. “A sociedade brasileira, dividida em opiniões, acerca de ‘o que vai acontecer?’, ‘o que vai ser agora?’, ‘como foi o pleito?’. A gente vendo aquelas pessoas, a insegurança trazida por aquilo, que podia levar a alguma convulsão social, a alguma revolta, a um problema na segurança, foi o que eu falei”, disse.

“As pessoas estavam tentando entender como aquilo terminaria. A ideia minha desde o começo, desde a primeira mensagem com o tenente-coronel Cid, foi que viesse alguma manifestação para poder apaziguar aquilo, e as pessoas voltarem às suas casas”, comentou à CPI.

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