Augusto Aras busca destaque na seleção do próximo procurador-geral da República, desejando ser reconduzido ao cargo que ocupa até setembro. Embora seja considerado um aliado da classe política, Aras enfrenta o desafio de superar sua imagem associada a uma atuação alinhada ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Seu objetivo é evitar possíveis consequências negativas para sua gestão quando, e se, deixar o cargo. No entanto, convencer o presidente Lula a mantê-lo como procurador-geral parece uma tarefa difícil, conforme sugerem seus aliados.
Lindôra Araújo, vice-procuradora-geral da República, é a candidata idealizada por Aras para sua sucessão. No entanto, o PT rejeita essa indicação devido à percepção de que ela é muito alinhada ao bolsonarismo. Atualmente, aliados de Lula afirmam que Paulo Gonet, vice-procurador-geral eleitoral, é um dos principais candidatos considerados para o cargo.
Embora Aras não vete nenhum nome, segundo fontes próximas, ele tem preferência por Carlos Frederico dos Santos, subprocurador-geral da República, ou Humberto Jaques de Medeiros, que já ocupou essa posição. É notável que a discussão em torno da lista tríplice, que anteriormente era utilizada por presidentes anteriores, inclusive por Lula, para a escolha do procurador-geral da República, não está sendo mencionada.
Lula pode usar a indicação para o cargo de procurador-geral da República, assim como para outros cargos, como ministros do Superior Tribunal de Justiça e desembargadores federais, para atender demandas políticas que não devem ser contempladas na escolha do substituto de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF). Vale destacar que Rosa Weber completará 75 anos, a idade máxima para permanecer no cargo, em outubro.
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