O senador Cid Gomes (PDT-CE) não demonstrou interesse em tensionar a disputa interna contra o presidente nacional do PDT, deputado federal André Figueiredo (CE).
Como se sabe, Cid quer a presidência do diretório cearense do PDT e na última conversa que teve com Figueiredo, na semana passada, não teve a sinalização de que vai comandar a legenda.
Enquanto isso, a crise no PDT do Ceará permanece, com deputados estaduais e federais se aliando ao governo de Lula e Elmano, ambos do PT, enquanto que o grupo do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) faz o movimento oposto, ou seja, de ruptura e se aproximando de setores da oposição bolsonarista.
Na manhã desta segunda-feira, por exemplo, Cid esteve com o governador Elmano no debate sobre Hidrogênio Verde, no Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante (CE), e evitou falar sobre a crise do seu partido e com o próprio irmão.
“Tem hora e lugar para tudo. A hora e o lugar aqui é para tratar de hidrogênio verde. Mais tarde, a gente conversa. Depois daqui, a gente conversa”, disse ao sair do evento.
Sem a sinalização da cúpula do partido, Cid prefere se articular nos bastidores para conquistar apoio entre os dirigentes do PDT no estado. Interlocutores do senador dizem que ele já tem o apoio de 55 dos 84 membros da direção.
Na prática, o movimento pode derrubar o próprio André Figueiredo do comando do diretório cearense. A expectativa é que nas próximas horas o grupo de Cid se reúna na sede do PDT estadual para definir o futuro do partido.