Líder do partido conservador, Kyriakos Mitsotakis, prometeu um ‘forte mandato’ para o país do sul europeu.
O partido governista Nova Democracia, de Kyriakos Mitsotakis, venceu as eleições parlamentares na Grécia neste domingo (25), a segunda em um mês. A legenda com viés de direita ganhou a votação convocada para decidir um impasse político após o primeiro pleito.
O primeiro-ministro Mitsotakis garantiu o segundo mandato em terras no sul da Europa. O político que lidera o partido conservador, venceu as eleições em 21 de maio sem conseguir a maioria parlamentar absoluta. Mitsotakis, que era premiê, recusou a coalizão e sugeriu um segundo turno, que aconteceu este domingo, de acordo com a Folha de S. Paulo. Ele havia ficado a cinco assentos de obter a maioria no Parlamento.
Com 91% das urnas apuradas, o partido Nova Democracia teve 40,5% dos votos contra 17,8% da sigla de esquerda, Syriza, de Alexis Tsipras – menos do que o previsto. Assim, 157 das 300 cadeiras do parlamento grego são ocupadas por políticos de direita e o ND poderá governar sozinho, como tem feito nos últimos quatro anos.
“O povo nos deu um mandato forte para avançarmos rumo às grandes mudanças de que o país necessita”, comemorou Mitsotakis após a vitória em frente à sede do partido, em Atenas. Ele afirma que tem metas “ambiciosas para transformar a Grécia” neste novo mandato.
A vitória
Segundo as pesquisas, Mitsotakis venceu a corrida eleitoral devido à sua gestão econômica, iniciada no primeiro mandato em 2019. Pela primeira vez desde o início da crise financeira da Grécia em 2010 um primeiro-ministro é reeleito.
Durante a campanha, o político prometeu modernização estatal e aumentos salariais. Dado o elevado custo de vida, o foco do primeiro-ministro eram as pessoas de menor renda, grande preocupação dos gregos. Além disso, Mitsotakis também falou em contratações em massa no setor público de saúde, que passa por um período de escassez de recursos desde a recessão econômica e os programas de impostos a serviços públicos.
Ainda que a economia da Grécia não tenha atingido os níveis anteriores à crise da dívida de 2010, de acordo com o portal DW, os gregos percebem os aumentos salariais e de pensão, bem como a rapidez de crescimento do país em comparação à média da União Europeia (UE).
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