Wellington Dias, o ministro responsável pelo Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, expressou sua desaprovação em relação à escolha do Banco Central de manter a taxa básica de juros, conhecida como Selic, em 13,75%.
O ministro afirmou que a abordagem adotada pela instituição em relação aos juros é “insustentável” e necessita de uma modificação ainda no decorrer deste ano.
Durante sua participação no programa Canal Livre, da BandNews, Wellington Dias declarou que “ruim” para a autonomia do Banco Central manter o que ele descreveu como um “debate político” em torno desse assunto. No entanto, ele ressaltou a necessidade de estabelecer uma “regra econômica” para reduzir as taxas de juros.
“É ruim até para a independência do BC se eu tenho (uma pessoa) ali usando instituição para prejudicar um governo pela política. Do outro lado, se quer baixar os juros sem nenhuma regra econômica, também é ruim”.
O ministro argumenta que não existem precedentes que justifiquem a manutenção da taxa de juros em 13,75% e, portanto, ele acredita que é provável que o Banco Central reduza a taxa básica de juros, a Selic, nos próximos meses.
Na sua sétima reunião consecutiva, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano. Essa decisão era amplamente esperada pelo mercado financeiro, que está antecipando uma possível redução dos juros a partir da próxima reunião do colegiado, agendada para o dia 2 de agosto.
Paulo
25/06/2023 - 23h25
Bob Fields Neto até vai reduzir a taxa de juros, ao que tudo indica, na próxima reunião do COPOM. Mas não no nível que seria esperado ou desejável, em face dos dados econômicos. Esse embate, que é político, sim, a despeito de opiniões tecnicistas, tudo indica, vai-se manter até a troca do presidente do BC. Confesso que estou com Lula nessa, a contragosto, embora. É que o Governo deve se responsabilizar pela economia, como derivativo de ter sido eleito. Esse imperativo das urnas não deveria nunca ser afastado. É o que o próprio PT faz contra Moro e fez com Dallagnol…